quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Entrevista ao Sr. Alberto da Silva residente de Cavez

G3: Bom, em primeiro lugar o que pensou da festa?
A: Acho que é sempre bom apoiar uma iniciativa deste género.

G3: Pelo o que vemos o s. Alberto é um apoiante destas iniciativas. Porque?
A: Tudo aparece em benefício do desenvolvimento cultural e recreativo da nossa freguesia, é sempre de apoiar, já que trás vantagens, quer económicas quer de convívio.

G3: As suas palavras dão-nos a entender que é um homem que se preocupa com o desenvolvimento da gente de cavez. Quais seriam os motivos da festa que favoreceram a sua opinião?
A: Acontece que, desde há muitos anos a esta parte, temos vivido numa “sono” constante em que as pessoas se acomodam deixando as iniciativas para outras terras vizinhas. Assim vêem-se a cada passo pessoas pedindo o contributo dos cavezenses para apoiar festas noutras freguesias. Ora creio que nos devessemos é zelar pelo o que é nosso, dando ao nosso povo aquilo que ele necessita de ir procurar fora. Neste caso, fazendo reviver as festas tradicionais da nossa terra.

G3: Então, acha que a festa de S. João é de continuar?
A: Pois sim. Mas, acima de tudo, acho que e deve enriquecer um pouco mais a nossa festa.

G3. Como pensa que se deve enriquecer o cartaz?
Alberto: creio que tudo quanto se programou foi «em cima de joelho», pois não é em meia dúzia de dias que se organizam festejos destes. Assim, verificaram-se varias lacunas na sua programação.

G3: Quer citar alguma?
A: Uma das grandes lacunas foi a deficiente iluminação do recinto e acessos. Também sei que houve divergências quanto aos actos religiosos. Na parte musical, houve desencontros nas actuações dos vários intervenientes.

G3: É voz corrente que o recinto escolhido para a diversão não foi a melhor. Comunga da mesma opinião?
A: Estou absolutamente de acordo. Quando à parte religiosa é efectivamente, o lugar adequado. A partir daí, devia-se estender a iluminação do centro até ao cruzeiro.

G3: Quer adiantar alguma sugestão para uma futura festa?
A: ora bom. Não será tanto uma sugestão, mas antes uma recomendação. Acho que se deve programar a festa a tempo e horas, para que no próprio dia não seja preciso andar a correr de um lado para o outro.

Entrevista ao Sr José Machado


No dia 17 de Fevereiro fizemos uma entrevista ao senhor José Machado acerca das romarias, gastronomia, músicas e danças típicas e monumentos.

Romarias :
G.3- Quais as romarias que antigamente se faziam? E agora?
J.M.-A festa de S.Bartolomeu e S.João .

G.3.-Fale-nos um pouco de cada uma delas.
J.M.- S.Bartolomeu é uma romaria secular, em que as pessoas andavam muito à porrada, batia-se lá largo, com os lodos que era um pau forte.
Havia várias richas entre uns e outros.
Conta-se que nos tempos primitivos os de Agunchos ficavam do lado de lá da ponte e os de Cavez da margem de cá e uns diziam “vinde ao Santo” e os outros “vinde à fonte”, a chamada fonte de S.Bartolomeu que dizem que faz bem à saúde. Também é costume que aqueles que vão à capela levem com o Santo na cabeça de uma pessoa para espantar os demónios.
O S.João é para comemorar o padroeiro de Cavez. É uma festa religiosa, faz-se uma procissão que é composta por personagens bíblicas (Santos e anjinhos…).

G.3-Acha que houve muita evolução?
J.M.- Sim. A todos os níveis. Houve muita construção nova.

Músicas e danças típicas:

G.3- Quais as danças e músicas típicas que se faziam? E agora?
J.M.- Corridinhos e malhões. Também se ouvia o rancho folclórico de Cavez (mas esse já é mais recente).

G.3-Acha que os Jovens de agora aderem da mesma forma às músicas e danças típicas?

J.M.- Nem tanto. Dantes havia muita mais alegria apesar da fome. Dantes dançava-se por tudo e por nada, ao som da concertina e da viola.

G.3- Antigamente quem praticava mais as danças e músicas típicas?
J.M.- Antigamente eram os mais jovens que aderiam mais.

Gastronomia:

G.3-O que é que as pessoas comiam antigamente?
J.M.- Comia-se mal. Os lavradores e a maior parte das pessoas alimentavam-se à base de legumes. O dinheiro era pouco…
As pessoas não tinham dinheiro para as embalagens, vendia-se aos sacos.
Comia-se muito à base de mílharos que é feito nos moinhos. Era como o arroz, era uma maravilha. Era partido no moinho, depois era peneirado e ficavam só os baguinhos.
Também se comia muito pão, as pessoas iam com o saco ao moleiro, levava-se o milho para eles moerem, paga-se uma maquia e trazia-se a farinha para casa e era amaçada e cozida pelas pessoas em casa. Havia quem tivesse um galheiro que era uma peça de madeira onde se punha as broas (nos tabuleiros). Havia muitos porcos porque era a carne de toda a gente, só os ricos comiam carne de vitela, havia muitas vacas também para o abate e eram vendidas. Tinham os presuntos na salgueira, eram postos ao fumo e era à base de sal que era conservado. E também comiam alguma galinha e vitela.
G.3- Há algumas marcas de vinho criadas em Cavez?
J.M.- Alma Nova da casa da Carvalhas que é vinho Branco. O lagar que é vinho Tinto e é feito em Vila Franca.


G.3- Há produção de azeite ?
J.M.- Haviam pessoas que faziam o azeite mas já não se faz porque arrancavam as oliveiras todas.

Monumentos:

G.3-Existem casas com Brasão em Cavez?
J.M.- Sim. Quinta da Igreja, Quinta do Souto, Quinta/casa da Ponte e Quinta das cortinhas.

G.3.- Destas casas qual é a mais antiga?

J.M.- Quinta/casa da Ponte.

G.3- Qual é a importância do Brasão nessas casas?
J.M.- As casas com Brasão eram das famílias mais ricas, das classes mais altas. Os Reis é que atribuíam os Brasões a essas famílias.

G.3- Conhece alguma lenda relacionada com estas casas com Brasão?

J.M.- Conheço, a lenda da casa da Ponte. Dizia-se que passava lá a estrada Romana, que ía de Braga para Espanha.
E passavam lá vários almocrebes, que passavam a cavalo, eles pediam para lhes deixar lá ficar, e ficavam à lareira; tinha um escano. Conta-se que um pediu para ficar lá a dormir e ele estava deitado no escano, quando a criada veio e o Homem tinha 2 punhais próprio para matar e ela ficou muito assustada ,ela tava a fazer rojões e tinha a gordura da carne numa frigideira e meteu-lhe aquilo na boca a ferver e mataram o Homem.

Entrevista ao Sr. Domingos sobre a festa do emigrante

G3- Gostou da festa do emigrante realizada este ano em cavez?
D.P - sim, muito.

G3- que motivos o levaram a ter uma boa impressão sobre a festa?
D.P: muito bem! Principalmente, porque nessa altura vem dar um pouco de vida às gentes de Cavez e ao próprio local de comercio e ao próprio comercio local.

G3- do programa da festa qual o ponto que gostou mais.
D.P- não sou grande apreciador de festas. No entanto concordo que tudo correu bem em proveito de pessoas que vieram passar aqui a nossas terra as suas ferias.

G3- apesar de não ser grande apreciador de festas, concorda que houve algumas falhas? Refira algumas.
D.P- dado que não sou grande apreciador de romarias não consigo apontar falhas.

G3- acha que a festa em honra dos “nossos” emigrantes deve continuar?
D.P- Claro que sim.

G.3- tem alguma sugestão a fazer?
D.P- havendo possibilidades de melhorar, deve-se fazer tudo nesse sentido. Faço o apelo a gente de cavez para contribuir monetariamente para que a nossa festa possa evoluir.

Entrevistas

Entrevista ao Sr. Cândido, natural e residente em Cavez sobre o S. João

G3: O que pensa da festa de S. João que se realizou em Cavez?
C: Bom, para mim esteve muito bem…

G3: Quando diz «tudo bem», concerteza tem motivos para afirmar isso. Quais são?
C: Bem! Para mim, a procissão sobrepôs-se a tudo o resto. Alias, do resto foi vulgar. A procissão, alem de estar muito bonita, teve, da parte da comissão, a feliz iniciativa de por toda a freguesia a trabalhar para o mesmo fim, que foi o engrandecimento da procissão e, consequentemente, a celebração condigna do nosso padroeiro.

G3: Das suas palavras conclui-se que, à parte da procissão o resto foi vulgar…
C: Bem, não será tanto assim. Quanto aos divertimentos, em primeiro lugar o local escolhido não foi o mais apropriado, pois, se fosse no centro a festa não se dispersava tanto. Este é um ponto que deve ser tido em conta nas próximas festas. Em segundo lugar, deve acrescentar que o conjunto este muito bem. Só acho que não deveria ter tocado em alternativa com o rancho.

G3: Pelo o que diz, a festa não esteve mal mas o pouco tempo de preparação e o intervalo que a festa sofreu durante tantos anos contribui para que verificassem pequenos erros.
C: Pelo o que oiço já para ai há muito tempo que a festa não se realiza. Ora tudo isto influencia negativamente na sua projecção. Por isso estou em crer que algumas falhas terão resultado disso.

G3: E quanto ao futuro, acha que e deve continuar?
C: Acho que sim. Se não, todo o trabalho será tempo perdido.

Romarias

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Algumas notícias do BIC

1o7 Anos!

É verdade! Em Cavez há uma pessoa que completou no dia 24 de Maio de 2009 a bonita idade de 107!
Maria Cândida Pimenta é utente mais idosa do Centro Social de Cavez e certamente a pessoa de idade mais avançada da região. Nasceu um Padornelos-Cavez, em 1902, foi "criada de servir" durante quase toda a sua longa vida e desde 2003 que está instalada no lar de Cavez.
No dia 24 houve festa, preparada pelo pessoal do lar e familiares de D. Cândida, que soprou as velas do bolo de aniversário com todo o fôlego.
No seu dia-a-dia do lar, ainda executa algumas tarefas de forma autónoma, mas a lucidez já não é a de outros tempos, e nem sempre é fácil de "aturar". Mas continua "rija" e com vontade de vive, o que nos leva a pensar que não deverá ficar por aqui o "record" da idade vai continuar a ser batido.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

imagens do bic

imagem do bic mais antigo e mais recente

Entrevista a um colaborador do Bic

G.3- Há quanto tempo o jornal BIC foi fundado?
J.M.-1980

G.3-Como nasceu a ideia desta iniciativa?
J.M. - A ideia surgiu quando um grupo de jovens cavecences, ligados ao grupo desportivo de Cavez,resolveram criar o boletim informativo de Cavez com o intuito de dar ao clube da terra uma nova faceta.

G.3-Qual o propósito da fundação do jornal?
J.M. :O BIC serve de porta-voz do grupo desportivo de Cavez, informa não só os habitantes desta freguesia como também os emigrantes que estão espalhados pelo mundo, sem saber as novidades. (?)

G.3-Há muita gente envolvida nesta actividade?
J.M.: Há alguns colaboradores mas a quase totalidade do trabalho cabe ao director.

G.3-Quais os assuntos mais abordados neste jornal?
J.M.: Notícias locais, o dia-a-dia das colectividades de Cavez, sobretudo do Grupo Desportivo de Cavez, seu proprietário
.

BIC-Boletim Informativo de Cavez

Jornal “BIC”

O BIC (boletim informativo de Cavez) é um jornal em forma de revista. Neste jornal é sempre referido noticias sobre a vila de Cavez assim como o conselho de Cabeceiras de Basto. Fala-nos sempre de desporto (grupo desportivo de Cavez entre outros). Tem sempre uma crónica e a “máquina do tempo” (a “maquina no tempo” reúne noticias de 10, 20 e 25 anos atrás.). Não podemos esquecer da entrevista que nunca falta.

Ficha técnica:
Redacção e Administração: Fojo, Nº71 – 4860 Cavez
Nº de Registo: 107 503
Propriedade: Grupo desportivo de Cavez
Contribuinte nº: 501 266 151
Director: José Manuel Borges Machado
Editor: Bruno Filipe A. L. B. Fonseca
Periodicidade: Bimestral
Tiragem: 600 exemplares
Preço: 1 Euro
Assinatura Anual: 10 Euros






Colaborador do “BIC”
Mário Teixeira tem ligações familiares em Cavez e é um homem interessado por aquilo que passa em Cavez que também é a sua terra. Por isso, acedeu a dar a sua colaboração ao “BIC”, com um tipo de trabalho em que é especialista, o “cartoon”.

entrevista ao senhor José Machado


No dia 18 de Novembro, nós fizemos uma entrevista ao senhor José Machado acerca das tradições de Cavez.

G3 - Quais as tradições que conhece?
J.M - As desfolhadas, Janeiras, Vindimas, Feira Tradicional e Etnográfica, Feira Do 9 e 23, Serrar a Velha, Reza pelas almas, Novena do Menino Jesus e os Reis.
Hoje em dia ainda existem estas tradições?
Bem, os tempos mudaram, as pessoas de hoje em dia não ligam muito a tradições, de tal forma as desfolhadas fazem-se mas não da mesma maneira, quanto à tradição serrar a velha, novena do menino Jesus a feira do 9 e do 23 já não são praticadas.

G3- Pode nos falar um pouco destas tradições?
J.M - Com certeza meninas, Com todo o gosto…. Lembro-me que nos meus velhos tempos, esses que já lá vão… Nas desfolhadas as pessoas reuniam-se á volta do milho e esperavam pela sorte, quando encontrassem um rei que é uma espiga vermelha, a pessoa que a encontrasse dava abraços às pessoas. Outra das tradições era a feira que se realizava todos os meses no dia 23, isto á uns anos grandes, depois começou-se a fazer também no dia 9, onde se vendia gado, galinhas, porcos, legumes, bebia-se uns copos largos, e assisti a porrada com o lodo, que era um pau muito resistente, mas estas feiras acabaram por falta de concorrência. Hoje em dia faz-se a feira tradicional e etnográfica, que é organizada pelos professores e pelos alunos. Antigamente na quaresma celebrava-se a velha, as pessoas mais novas iam pelas ruas e paravam á porta casas dos “velhos” e faziam sons com a ronca, que era feita com uma cortiça comprida coberta com uma pele igual aos dos tambores, tinha um buraco onde se punha uma corda com noz e ao puxar fazia barulho (roncava). Outra característica da quaresma naqueles tempos era irem para sítios mais altos e com o funil grande das pipas gritar, pedir para rezarem pelas almas. Nas vindimas as pessoas reuniam-se para apanhar as uvas, no fim iam todos para o lagar e pisavam as uvas com os pés enquanto cantavam para passar o tempo, o patrão dava canecas de vinho para os trabalhadores. Outra tradição era 9 dias seguidos antes do natal pela madrugada fazia-se uma novena do menino Jesus, onde todos iam cantar em direcção á igreja e lá rezavam em conjunto. Quanto aos reis, a juventude andava de porta em porta, principalmente as casas grandes à procura jerupiga e nozes. Hoje em dia em vez dos reis há a tradição das janeiras…

G3 - Muito obrigada pela sua disponibilidade



imagens das tradições






quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tradição das Janeiras não morre em Cavez

A tradição das Janeiras não corre o risco de se perder em Cavez.
As colectividades e as escolas vêm de há longos anos cantando as Janeiras pelas portas, numa iniciativa que pretende, não só manter a tradição, mas sobretudo angariar fundos para as suas actividades.
No que diz respeito ao grupo desportivo de Cavez, a “visita” do grupo das Janeiras tornou-se também uma tradição, além de um contributo indispensável ao equilíbrio das contas do clube.
Esta ano, lá se juntou um grupo de gente, entre dirigentes e amigos do grupo desportivo de Cavez, que , com enorme espírito de sacrifício mas sempre com boa disposição e vontade, enfrentou o frio e a chuva para levar as Boas Festas aos lares da freguesia.